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segunda-feira, fevereiro 08, 2010

desconhecidos

efe

talvez seja para se desentender
que o tempo passe
é claro que reside alguma alegria nisso
descobrir o hiato de si mesmo
como fato indecifrável
sem submissão ou rédeas
infeliz do que em mim, se resolve
pura empáfia
ou do outro mim que, covarde, nada entende
é duro o combate das próprias e intransferíveis ignorâncias
quando sou muito mais o que ignoro
quase nada sou do que percebo
apenas nuance
suposição
vulto
só resisto
quando o amor me redime

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

pertencimentos



(imagem: arquivo google, sem referência autor)

efe


Feliz do dia
que amanheceu seu rosto
e trouxe vertigem
para a minha coragem.
Desde então, tudo transborda
e há um relógio enferrujado na parede
do tempo que anda.
Nada mais tem pressa
é bom o sol e a chuva e é bom o vento
também é música a entranha
e estranheza dos detalhes.
Vez por outra me desolo
em outras, desespero
mas não convém assustar a vida
que faz coisas como orvalho.